Presidente

75º Sínodo da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal

Presidente
Pastora Sandra Reis, presidente da IEPP

Igreja Presbiteriana elege uma nova Comissão Executiva que governará, de acordo com as decisões do Sínodo e os Estatutos, a Igreja Presbiteriana ao longo dos próximos 4 anos. A Presidente da Comissão Executiva, Pastora Sandra Reis,  é a Presidente da Igreja Presbiteriana.

Tal aconteceu no dia 2 de Outubro, na Igreja Presbiteriana da Figueira da Foz, onde se realizou o Sínodo, composto pelos representantes das comunidades e pastores.

No seu culto de abertura e no de encerramento, usou a liturgia do Tempo da Criação, vivendo assim a comunhão com todas as Igrejas cristãs este compromisso com a Natureza e toda a Criação.

Muitos foram os desafios que a nova Comissão Executiva apresentou ao Sínodo como plano de ação e que resumiu na sua comunicação ao Sínodo:

“Existimos para viver em conjunto o que acreditamos.
Desejamos contribuir para uma igreja que vive a sua fé em gestos práticos.

Desejamos ser testemunhas de Jesus Cristo no anúncio, na comunhão, na misericórdia, na paz e no serviço.
Acreditamos que a missão da IEPP é ser uma Igreja visivelmente comprometida com Deus e com os valores do Reino e, por isso, apresentamo-nos  em espírito de trabalho e serviço, destacando algumas linhas de ação que julgamos importantes para o desenvolvimento do ministério da IEPP.

A. KOINONIA/COMUNHÃO.
A Igreja é na sua essência um local de afetos e cura, para nos aproximarmos desta nossa vocação fazemos as seguintes propostas:
DESAFIOS/PROPOSTAS:
1. A Nível Nacional/Regional
a). Promover Encontros Regionais e Nacionais. Iremos estender os encontros e intercâmbios já realizados na zona centro (jovens, mulheres, encontros de formação e reflexão, convívio e celebrações) às outras regiões, para criarmos um espírito de comunhão e sentido comum de caminhada.
b). Reunir com as Regiões, escutar as suas necessidades e projectos. Promover e apoiar o trabalho das Regiões Protestantes do Centro e do Sul.
c). Continuar com o intercâmbio e visitas às nossas comunidades dos Açores.
d). Continuar a aproximação à Igreja da Madeira e à Igreja Lisbonense. Escutar as suas lideranças e membros.
e). Continuar a usar a ferramenta ZOOM para formação, encontros e cultos online que juntem todas as igrejas e os irmãos que vivem no estrangeiro.

2. A Nível Local:
A comunidade local é agente de transformação, onde todos se sentem acolhidos, aceites e experimentam a presença e o amor de Deus, onde cada um pode descobrir dons e talentos para o serviço, onde em conjunto se cria um espaço
acolhedor, para viver a fé e aprender a ser discípulo de Cristo.
a). A CE propõe-se visitar todas as Comunidades Locais, reunir com os seus órgãos sociais, e todos os membros que assim o solicitarem, para conhecer e perceber dificuldades, planos, desafios e pontos fortes. Desejamos escutar e ser parte da solução de problemas e dificuldades que existem ou que venham a surgir.
b). Promover o trabalho conjunto entre as comunidades locais e o Centro de Estudos, a fim de estas poderem ser apoiadas, nos seus planos e estratégias de criar comunidades inclusivas, preocupadas com a justiça, a santidade da criação, dando um testemunho relevante e contextual para os dias de hoje.
c). Incentivar a partilha de experiências entre comunidades, que promovam relações com os agentes de apoio social e interventivos de cada localidade onde as igrejas estão implantadas: Comissões locais de acção social (Juntas de Freguesias, Câmaras Municipais), instituições de solidariedade social, redes de apoio social.

B. DIACONIA/DEUS VÊ, OUVE E CONHECE O SOFRIMENTO DO POVO.
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor”. Lucas 4:18,19
Todos nós temos um mandado de cura e libertação. Uma Igreja/comunidade local que se interessa somente pelos seus próprios problemas não dá testemunho. As nossas comunidades devem ser sensíveis às necessidades do próximo e ter na sua agenda de trabalho o bem-estar da população que a rodeia, devemos ser sal e luz (que não se
esconde dentro de um armário).
Desejamos incentivar todos a estarem alerta para as necessidades dos outros, a organizarem um trabalho efetivo de diaconia em cada comunidade dentro do seu próprio contexto e realidade social. Contribuindo, deste modo, a que o testemunho da IEPP seja visível através de uma solidariedade activa e profética com os que mais precisam.
DESAFIO/PROPOSTA: Ninguém é tão rico que não possa receber, ninguém é tão pobre que não possa dar.(A.G.L)

1. A IEPP, enquanto Igreja, não deve delegar a diaconia à Fundação Robert Kalley e ao Centro Social da Cova Gala, pois a diaconia é vocação da Igreja Nacional, das comunidades locais e de cada um de nós.
Como CE será nosso propósito continuar o programa de diaconia que foi iniciado nestes últimos anos, para que estes projectos possam também ser fermento de planos diaconais das várias comunidades.
a). Cabazes de Frescos para famílias com necessidade.
b). ABC Kids, apoio ao estudo, suporte terapêutico, aulas de música a crianças, adolescentes e jovens.
c). SOS COVID, apoio informático e didático a crianças e adolescentes.
d). Horizontes de Esperança: Apoio para o pagamento de inscrições para campos bíblicos de férias e viagens transculturais a adolescentes e jovens.

2. Propomos também usar 1% do orçamento geral em projectos de diaconia nacional.
Iremos continuar a criar parcerias de diaconia com os nossos parceiros estrangeiros. Iremos também procurar  parcerias nacionais.
3. Reunir com as direcções da Fundação Robert Kalley e o Centro Social da Cova Gala e encontrar parcerias e acções práticas de ministério.
4. Desafiar cada comunidade a criar e desenvolver projectos de diaconia.

C. KERIGMA/ANÚNCIO DA FÉ
O Evangelho é Palavra, Palavra de mudança, de entendimento do mundo que nos rodeia, palavra transformadora, desafiadora. A partir da cruz, centro da nossa fé, flui esperança, discipulado, ousadia, convite.
1. Evangelização.
DESAFIO/PROPOSTA:
a). Criar projectos práticos de anúncio com cada região/comunidade, tendo em conta a especificidade de cada comunidade local. Seguindo o exemplo de Jesus, devemos sair, ir ao encontro dos outros. Evangelizar é convite, é testemunho, é “vem e vêµ. É semear, na certeza de que será o Espírito que converte. Queremos partilhar a
segurança e a diferença que é viver buscando a presença de Deus todos os dias da nossa vida.
b). Em parceria com o Centro de Estudos incentivar a formação de pregadores leigos.

2. Voz profética/ Compromisso social da Igreja.
“Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente.” Jeremias 22:3
A justiça está no centro do plano de Deus para a humanidade. Há uma chamada bíblica a sermos uma igreja que tem a missão de ser a voz presente de defesa, cura e denúncia. Como Igreja de Cristo é nossa missão levantar a voz em defesa dos que foram silenciados, vivermos uma fé comprometida com a paz, a justiça e com a santidade da criação.
DESAFIO/PROPOSTA:
a). Juntar esforços com as igrejas irmãs nacionais e estrangeiras, para integrar, divulgar projectos já em curso e criar outros que melhor se adaptem às nossas realidades locais.
b). Desenvolver projetos de eco-teologia e justiça social com a colaboração/liderança de irmãos das nossas comunidades que já estão a trabalhar nestes campos.
c). Criar um gabinete ligado ao Centro de Estudos para liderar a Igreja nestes projectos e criar parcerias de trabalho.

D: MARTYRIA/TESTEMUNHO EXPLÍCITO DA FÉ
³Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus ´. 2 Pedro 3:18.
Somos chamados a viver o Sacerdócio Universal, testemunhando a esperança que encontramos em Cristo. Para este testemunho precisamos de um crescimento interior na espiritualidade, na oração, na escuta activa da Palavra.
DESAFIO / PROPOSTA:
1. Testemunho:  Em parceria com o Centro de Estudos, criar, adaptar e desenvolver material de discipulado, de formação de leigos, de consciencialização do papel pessoal de cada crente na sua comunidade local e na igreja nacional. Desafiar cada membro da IEPP a dar um testemunho individual de empenho activo.
2. Mordomia: “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas.´ 1 Pedro 4:10
Em parceria com o Centro de Estudos, iremos reflectir sobre a mordomia do nosso tempo, economia e escolhas de vida. Incentivar a mordomia de cada membro da IEPP.

II. AGENTES DE CONSTRUÇÃO:
A: PASTORAL
1. Apoiar a pastoral:
a). Promover 1 retiro anual.
b). Propor Jornadas Pastorais (presenciais e online).
ƒOração e Poiménica (cuidar dos cuidadores).
ƒFormação, planeamento, reflexão e estudo bíblico.
c). Procurar apoios internacionais para pagar a totalidade da dívida criada pelo Fundo de Aposentação.

B: FORMAÇÃO
A IEPP é, desde a sua origem, uma Igreja que acredita que a educação é ferramenta criadora de futuro e, por isso, achamos urgente pôr em prática projectos claros de formação.
1. Centro de Estudo Religiosos e Biblioteca João Ferreira de Almeida.
É prioridade desta lista candidata pensar, organizar, criar uma equipa de trabalho e pôr em funcionamento o Centro de Estudos Religiosos e a Biblioteca João Ferreira de Almeida.

2. Liturgia
a). Nomear uma pessoa/equipa responsável para este ministério.
b). Escolher uma equipa para o Leccionário comum com a Igreja Metodista.
c). Criar um acervo litúrgico:
ƒ Reeditar o caderno de liturgia em papel, formato digital e online.
ƒ Recolher e divulgar liturgias históricas e estruturantes (papel e online).
ƒ Criar e actualizar subsídios litúrgicos.

C: MULHERES QUE FAZEM A DIFERENÇA (Pastoral de Mulheres)
1. Continuar com os Encontros Nacionais e Regionais.
2. Continuar com o projecto: Terapia Comunitária Integrativa (encontros mensais nas comunidades locais).
3. Manter a presença online: Facebook COMPASSOS DE ORAÇÃO.
4. Prosseguir com o projecto IEPP EM ORAÇÃO: Oração e partilha via SMS.
5. DIACONIA: Continuar com os programas de Diaconia: Cabazes de Frescos, Ajuda a Moçambique, SOS Covid e dar início a outros.
6. RELAÇÕES BILATERAIS: continuar com as parcerias com as Mulheres da GAW, Igreja Evangélica Espanhola e departamento das mulheres Latinas da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Realizar os projectos já elaborados de cooperação com a Federação de Mulheres da Igreja Metodista.
D: PROJECTO ESPERANÇA (Pastoral de Crianças e jovens)
1. Continuar com o Projectos Campos Bíblicos de Férias e Intercâmbios com as diversas Igrejas do estrangeiro e as igrejas do COPIC:
2. Diaconia. Continuar com os projetos de diaconia ajudando crianças e jovens das nossas comunidades.
3. Fórum Ecuménico Jovem, continuar neste grupo de trabalho que neste momento para além do encontro anual ganhou novas formas de viver a fé em ecumenismo.
4. Desenvolver a presença online através da página de Instagram: IEPP/Jovem.

E: COMUNICAÇÃO
1. Desafiar a que cada comunidade local tenha uma pessoa responsável por divulgar as notícias dessa comunidade.
2. Elos Presbiterianos, continuar com a sua publicação.
3. Publicação de flyer/conteúdos digitais temáticos (doutrina, história, identidade).
4. Reforçar e diversificar a nossa presença regular nas Redes Sociais:
Youtube, Facebook, Instagram, Whats App, etc..
5. Página na Internet
ƒ Criar uma página da IEPP.
ƒ Encontrar uma pessoa responsável pelos conteúdos e sua divulgação.

F: PROJECTO DE REVISÃO DE ESTATUTOS

1. Promover a harmonização dos textos dos Estatutos e Regulamento Interno com as decisões Sinodais anteriores.
2. Trabalhar em conjunto com a Comissão de Revisão dos Estatutos que com dedicação e rigor apresentou uma proposta ao Sínodo, recolher as reações das igrejas a este exaustivo trabalho, apreciá-las e assegurar a harmonização dos Estatutos com o Regulamento Interno.
3. Criar um cronograma para a divulgação e apreciação das comunidades destes documentos e garantir que estes documentos estão prontos para serem votados no Sínodo de 2022.

G: RELAÇÕES BILATERAIS (Nacionais e Estrangeiras)

1. Continuar com uma postura proactiva de aprofundar e promover estes relacionamentos nas suas vertentes ecuménicas e inter-religiosas:
a). Manter e desenvolver os vários intercâmbios já criados com as igrejas irmãs internacionais e intensificar os convites para que os nossos parceiros nos venham visitar.
b). Criar novos intercâmbios.
2. Desenvolver intercâmbios com o COPIC, as igrejas que a ele pertencem e, também, com a Aliança Evangélica.
3. Fomentar e aprofundar as relações com a Igreja Metodista e definir os passos da caminhada.

H: GESTÃO E PATRIMÓNIO

1. Continuar com a política actual de contenção de gastos, gestão cuidada, valorização e investimento patrimonial.
2. Prosseguir com a transparência financeira e de procedimentos, condição fundamental para a confiança dos membros e dos parceiros.
3. Continuar a consolidar as finanças da IEPP, para poder cumprir as suas obrigações, compromissos e planos de sustentabilidade (entre outros: fundo de pensões, atualização dos salários, investimento na missão da Igreja, investimento patrimonial).
4. Continuar com o estudo e planeamento da rentabilização/utilização das Quintas.
5. Encontrar um critério justo para as contribuições Sinodais.

CONCLUSÃO:

Temos plena consciência dos diversos desafios/problemas herdados, da sua complexidade, da sua dimensão e da importância da sua resolução para o futuro da IEPP. Afirmamos, por isso, a nossa inteira disponibilidade e vontade de nos empenharmos na procura de soluções.
Confiamos em Deus para nos guiar e fortalecer neste caminho que queremos percorrer em conjunto com e para toda a Igreja.”

No final do Sínodo foi invocada a bênção, pelo pastor João Neto,  sobre todos os membros do Sínodo e especialmente sobre todos os elementos chamados a servir a Igreja na Comissão Executiva: Presidente, Pastora Sandra Reis
Vice-presidente: Pastor Carlos Rosa; Secretária-geral: Pastora Maria Eduarda Titosse ; Tesoureiro: Jorge Ladeiro
Vogal: Luís Camacho; Suplentes: Manuel Barata Vasco; Pastora Eva Michel, no Conselho Fiscal: Presidente : José Ribeiro Telhado; Secretário: Rui Manuel da Assunção Franco;  Relator: Rui Manuel Vale Rodrigues ; 1º Suplente: José Semedo; 2º Suplente: José Augusto Silva;  3º Suplente: Daniel de Jesus Amaro  e na Mesa do Sínodo: Presidente: Pastor João Pereira, secretária Olga Romão e Ana Teixeira.

(adaptado das propostas apresentadas ao Sínodo)

× Como posso ajudar?